Com o início do verão as atividades nas piscina nas creches, escolas primárias e brincadeiras nos finais de semana com as famílias e amigos, torna-se frequente a infecção e transmissão do vírus chamado adenovírus (vírus tipo II, tipo III, e raramente VII, que causa também infecção pulmonar).
No Japão, esta virose é chamada de PUURU- NETSU ou febre da piscina.
Afeta principalmente crianças de até 5 anos de idade, entre 2 a 4 anos, com pouca resistência imunológica a este vírus e o contágio ocorre através de perdigotos lançados na fala, tosse e espirro podendo ocorrer o período de incubação de 5 a 6 dias.
Esta virose é caracterizada por febre alta de 38,5ºC a 40 ºC que permanece por 4 a 7 dias, dor de garganta devido à inflamação das tonsilas, tosse, conjuntivite (uma infecção nos olhos que se apresentam vermelhos, ardentes e cheios de secreção), dor de cabeça, coriza, calafrio, perda de apetite, indisposição, ânsia e diarreia.
Não há tratamento específico, apenas o uso de antifebril e analgésico para o alívio dos sintomas.
A higiene dos olhos deve ser feita lavando-os com água boricada, retirando as remelinhas com lenço de papel descartável, e tendo o cuidado para não esfregá-los. É comum o médico prescrever colírio de antibiótico pois pode ter a possibilidade de haver infecção bacteriana.
Quando a febre estiver muito alta, hidratar bem e resfriar o corpo fazendo compressas frias na testa, nuca, axilas e virilhas.
Oferecer alimentos de fácil ingestão quando a febre estiver baixa, evitar frutas ácidas e tempero forte, não forçar a alimentação, a criança voltará a comer normalmente quando estiver sadia.
Como prevenção, orientar a criança a lavar bem as mãos antes das refeições, fazer gargarejo e sempre tomar banho de chuveiro após as atividades de piscina para escorrer toda água possivelmente contaminada.
Não deverá frequentar a escola ou creche até 2 dias após o desaparecimento dos sintomas.
O vírus é eliminado pelas fezes por aproximadamente 2 semanas mesmo após a recuperação, por isso todos da família deverão também lavar bem as mãos, não fazer uso da mesma toalhas de banho e de rosto, e lavar as roupas do doente separadamente dos demais membros da família.
Essas informações foi escrita por: Elza S.M.Nakahagi em uma noticia do site ipcdigital
Médica do Disque-Saúde do Conselho de Cidadãos do Consulado Geral do Brasil em Nagoia. Autora dos dicionários e aplicativos de Termos Médicos e Odontológicos. (tel: 080-4083-1096, 050-6864-6600)
Nenhum comentário:
Postar um comentário